O Interruptor


“O povo que caminhava em trevas viu uma grande luz; sobre os que viviam na terra da sombra da morte raiou uma luz.” Isaías 9:2

A luz precisa, antes mesmo de iluminar, ferir os olhos, impactar. Como quando você abre a janela depois de uma noite escura e os primeiros raios do sol invadem de uma só vez. Num primeiro contato, seus olhos se fecham porque a luz é muito intensa, sua retina não está pronta, precisa se proteger.

Mas depois que você consegue enxergar a beleza e a vida que aquela luz te traz, você não consegue mais fechar a janela, seria como expulsar da sua casa alguém que você esperou a vida inteira, sem saber.

Da mesma forma, a santidade em nós precisa ser a luz causando esse impacto aos olhos do mundo. Machuca? SIM, se for preciso. Porque a luz não pede licença, não espera, ela simplesmente invade, pelas menores frestas e vai trazendo a tona tudo que antes estava encoberto confortavelmente pela escuridão. Se você conhece alguém que está na escuridão, e essa pessoa parece feliz não se engane. Ela não está feliz, está apenas confortável.

Algumas vezes o mundo vai permanecer de olhos fechados, se recusando a crer que o novo caminho mostrado pela luz seja real. Então tropeçam, caem. Estão no mesmo caminho, mas andam errado, porque não vêem.

O mundo cria sua escuridão particular, porque isso os afronta, bate de frente com seu conceito errôneo de liberdade. É contrastante demais. É atraente demais, o “voltar atrás” parece tão difícil quanto abrir os olhos.

E mesmo resistindo por um tempo, seus olhos curiosos não permanecem fechados, eles querem experimentar. A expectativa pelo novo gera no mundo ousadia suficiente para dar o primeiro passo.

Então suas pálpebras se abrem lentamente e, contemplando esse brilho intenso, se assustam, e piscando rápido vão se habituando à tal luz. Fascinante! Não dá pra parar de olhar, não existe um lugar onde ela não esteja.

Por que agora escorre uma lagrima desses olhos? Porque agora ele, o mundo, entende o que nenhuma explicação antes o fez entender. Essa luz é tão agradável e tão familiar, que ele sente como se já pertencesse a ela. E, de fato, sempre pertenceu.

Agora é diferente. Pra onde foi o medo? Pra onde foram as dúvidas e os temores?

Não há espaço pra eles quando essa luz é acesa.

Seja o interruptor.

Lenara
Não Morda a Maça

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